terça-feira, 31 de dezembro de 2013

investigação

Quadrilha presa com armas e drogas

31.12.2013

Policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), prenderam, em Caucaia, na RMF, cinco pessoas acusadas de envolvimento em, pelo menos 10 crimes de morte, tráfico de drogas e de armas e assaltos a bancos.


Os delegados Ricardo Romagnoli, Márcio Gutierrez e Luiz Carlos Dantas revelam detalhes da operação que resultou na desarticulação da quadrilha FOTO: ALEX COSTA

O primeiro a ser preso foi Antonio Gerlando Sampaio Viana, 29, conhecido como ´Toinho das Armas´, que estava acompanhado de Valdeí Rufino Libânio, 20, o ´Deí´; e Francisco Jacinto Ferreira das Flores, 23. Eles também foram presos. Em poder do trio foram encontradas uma pistola 380 e outra, ponto 40. ´Toinho das Armas´ é apontado como chefe da quadrilha. Ele responde a dois processos por tráfico de drogas e cinco por homicídio.

O delegado Márcio Gutierrez, da DHPP, lembrou que existem fortes indícios de que o bandido alugue armas para serem utilizadas durante assaltos a bancos, sem contar que o chefe da quadrilha já é condenado a 26 anos de prisão por crime de homicídio e tráfico de drogas.

Resgatado

´Deí´ é processado por tráfico de drogas e homicídio. Neste ano, ele foi resgatado do 20º Distrito Policial (Acaracuzinho), em Maracanaú. Jacinto das Flores responde a dois processos por homicídio. Os três bandidos foram presos no Centro de Caucaia, entretanto, os policiais da DHPP foram informados que uma das características da quadrilha era enterrar as armas, para não levantar suspeitas por parte da Polícia. O armamento estaria ocultado em uma fazenda.

Gerlando Sampaio Viana, conhecido por ´Toinho das Armas´, seria o chefe da quadrilha presa FOTO: DIVULGAÇÃO

Os inspetores decidiram verificar e constataram a veracidade da denúncia. Na fazenda, na zona rural de Caucaia, foram presos mais dois homens, identificados como Alexandre Nascimento da Silva, 31, que tem processos por roubo, ameaça e porte ilegal de arma; e Antônio Carlos Sousa Gomes, que é primário.

Nas buscas na fazenda ocupada pela quadrilha, a equipe da DHPP encontrou quatro espingardas, sendo uma calibre 12 (escopeta), outra 36, uma de ar comprimido e uma ´socadeira´; uma pistola de calibre 380, um revólver modelo Magnum 3.57, uma carabina ponto 40, de fabricação israelense, munições para armas de diversos calibres, carregadores de pistolas, além de vários aparelhos celulares, cocaína, uma balança digital de precisão, joias relógios e a importância de R$ 20 mil.

O delegado Márcio Gutierrez destacou que o desmantelamento da quadrilha liderada por ´Toinho das Armas´ começou com a prisão de Francisco Cilas de Moura Araújo, que responde a três processos por homicídio. Ele foi capturado juntamente com Leonardo Chaves Gomes, 18, e Francisco Rafael da Silva, 36.

A Polícia Civil tinha informações as armas utilizadas pela bando comandado por ele pertenciam a ´Toinho das Armas´.

Além disso, as suspeitas de que alguns crimes cometidos por Cilas e os comparsas teriam ´Toinho das Armas´ como o mandante. Isso, no entanto ainda está sob investigação.

Nomes falsos

Toda a operação foi coordenada pelo diretor da DHPP, delegado Luiz Carlos Dantas, e pelo diretor adjunto daquela Especializada, delegado Ricardo Romagnoli. Eles destacaram a colaboração de equipes de duas delegacias da Polícia Civil, a de Narcóticos (Denarc) e a de Roubos e Furtos (DRF).

Por saberem que eram procurados pela Polícia e pela Justiça, já que estavam na condição de foragidos, ´Toinho da Armas´ e ´Deí´ usavam documentos falsos.

O bandido apontado como o chefe da quadrilha se identificou como Carlos Antônio Soares da Silva, e o comparsa disse se chamar Rodrigo Sales Bezerra.

No momento da prisão, eles trafegavam, no Centro de Caucaia, em um Golf modelo 2014; e em uma Hilux 2012. A Polícia também localizou uma motocicleta que seria usada em assaltos e fugas após assassinatos. O sequestro desses bens já foi solicitado ao Poder Judiciário.

A quadrilha permanece presa e a DHPP deve encaminhar à Justiça novos pedidos de decretação de prisão preventiva, visto que as investigações em torno do bando terão continuidade. Os suspeitos deverão ser submetidos a vários reconhecimentos naquela Especializada e indiciados em novos inquéritos.

FERNANDO BARBOSA
REPÓRTER     


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